Na última sexta-feira (13/2), Milton Neves entrou com uma ação de reparação de danos na Justiça de São Paulo contra Roberto Justus. O jornalista pede R$ 70 milhões de reais de indenização. No começo de 2008, Milton Neves deixou a Record a convite do empresário. Por meio da empresa Brainers, Roberto Justus contratou o jornalista para comandar o talk show O Melhor da Noite, na Band. O programa, no entanto, foi cancelado dias antes da estréia.
“A ação é injusta porque não tenho nenhum débito com o apresentador em questão. O cancelamento do projeto ocorreu por inviabilidade financeira e operacional, não tendo eu nenhuma responsabilidade pela saída do apresentador da Record para a Band“, afirma Roberto Justus.
Um detalhe do processo chamou a atenção. Clodoaldo Araujo, vencedor do Aprendiz 5 - O Sócio, é um dos réus. Em junho de 2008, quando venceu o reality show, ele garantiu o prêmio de R$ 1 milhão em dinheiro e outro R$ 1 milhão em cotas de sociedade na Brainers.
Clodoaldo Araújo virou dono de 49% da empresa em outubro de 2008. O restante era de Roberto Justus. Vinte dias depois, a Brainers encerrou suas atividades.
“O procedimento de liquidação da Brainers, empresa da qual eu era sócio-administrador, ocorreu dentro da mais absoluta legalidade, não havendo nenhuma pendência”, diz Roberto Justus. “Clodoaldo Araújo, vencedor do Aprendiz 5 e meu sócio em outro projeto, não teve nenhum envolvimento com a produtora nem na decisão de liquidá-la. Daí carecer de algum fundamento a acusação constante no noticiário, também tendo como fonte o apresentador.”
Segundo a coluna Outro Canal, do jornal Folha de S. Paulo, Milton Neves acusa Roberto Justus de “fraude”. Além disso, insinua que Clodoaldo Araújo foi usado como “laranja”.
Procurado pelo Poltrona, o vencedor do Aprendiz 5 limitou-se a reproduzir uma declaração que fez em uma comunidade do Orkut. “Ações são normais, empresários sabem disso. Aconteceu que, no período em que estive na Brainers, estudamos um novo negócio, que é o Aço, que consumiria todo o orçamento disponível naquele momento. Entao não havia mais necessidade da mesma, por isso o motivo de encerrá-la. Somente isso.”
A Record preferiu não se pronunciar sobre o caso.
Fonte: Poltrona
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